Eu confesso:
tenho desejos de provar do outro
ter a sensação do corpo do outro
enchergar o mundo com outros olhos.
Mas não consigo.
às vezes sinto que fui. Quase;
e logo me percebo sendo eu novamente
então eu invejo o outro,
julgo,
compito,
e volto a habitar a parte que eu menos gosto de mim,
a menos idealizada
a mais humana e mais concreta
volto a ver o mundo nas mesmas proporções,
com as mesmas cores,
os mesmos cheiros
sigo tentando,
e desejando
frustradamente
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