sábado, 29 de maio de 2010

sem viver contrariado

Enfim, há o silêncio do interior de textura densa, sol e horizonte a poder ver e perder de vista.
Há o dar-se conta do estrondo por debaixo da pele
pela falta dos ruídos, pela música dos pássaros,
meu estado comprimido; armadura pesada sendo deixada pelo caminho da casa.
Em despir-se,
corpo em contato com o vento,
percebo a fadiga que foi carregar-me até aqui:
a cidade grande
não cabe em mim
nem eu silencio no vazio.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

não bastasse as entranhas
dei verbo
olhos
coluna, ar e fôlego

despi-me
em reverência
a tantos olhos esbugalhados
suplicantes de tanto muito tanto

de tato fico carente
em casa fico doente
na cama, só.

em lágrimas escorro.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

caladapeço
discretadescalça
simples
acalento

sábado, 8 de maio de 2010

sobre delimitar-se

curioso:
o que plaina é o chão debaixo dos pés,
airplane é casa feita de tijolos.

eu: bee
zummmmm!

mel nada:
amarga ácida cítrica
impossível conter a careta.

quem plaina em pleno solo
de repente num tropeço bobo
se vê olhando o céu
tendo o concreto em contato com corpo.
curioso:
é assim que me contorno.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

em busca por espaço para existência.
é possível ser e existir?