segunda-feira, 30 de maio de 2011

Minha auto-biografia começaria assim:
Deitei na rua em frente de casa aos 7, talvez 8 anos de idade, para me tirar a vida, em choro compulsivo.
A temperatura do asfalto era de fritar ovos, tudo num silêncio de interior infinito, sob o céu a se mostrar inerte à minha angústia estrondosa, azul, na claridade de cegar até olho moço.
A história é curta
(isto é uma auto-biografia não ficcional e eu não tenho a pretensão de me tornar autor-defunto, defunto-autor).

Me levantei após infindáveis 5 minutos.
Foi como um renascimento: D o í d o.
Plano naufragado, sem platéia. Asfalto, céu e pássaros foram improváveis companhias para a prosaica angústia infantil da menina do interior.

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