tag:blogger.com,1999:blog-44389696194780114512024-02-21T13:26:12.786-03:00equilíbrio instávelUnknownnoreply@blogger.comBlogger96125tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-85852192716472571772011-09-28T10:11:00.001-03:002011-09-28T10:13:22.207-03:00uma câmara de vácuo seria bemvinda<br />pois o mundo não silênciou ao meu estrondoUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-91293345813180282282011-05-30T16:54:00.005-03:002011-09-28T10:11:35.353-03:00Minha auto-biografia começaria assim:<br />Deitei na rua em frente de casa aos 7, talvez 8 anos de idade, para me tirar a vida, em choro compulsivo.<br />A temperatura do asfalto era de fritar ovos, tudo num silêncio de interior infinito, sob o céu a se mostrar inerte à minha angústia estrondosa, azul, na claridade de cegar até olho moço.<br />A história é curta<br />(isto é uma auto-biografia não ficcional e eu não tenho a pretensão de me tornar autor-defunto, defunto-autor).<br /><br />Me levantei após infindáveis 5 minutos.<br />Foi como um renascimento: D o í d o.<br />Plano naufragado, sem platéia. Asfalto, céu e pássaros foram improváveis companhias para a prosaica angústia infantil da menina do interior.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-17223354351575362232011-04-01T11:14:00.000-03:002011-04-01T11:17:11.378-03:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbitTc11pSGdzLbhiwIdvE9TtEZJOrDn8QaqJtbXTp5vNT_lotqIkTznE_waAR37RhrOz7-lXXpZg2djeVwpTXueYxxaBP5_MZ7wX4V7iAZo1KosOO8ahh4696SIzkjhPbSQXp7W4QAIc/s1600/DSCN0544.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbitTc11pSGdzLbhiwIdvE9TtEZJOrDn8QaqJtbXTp5vNT_lotqIkTznE_waAR37RhrOz7-lXXpZg2djeVwpTXueYxxaBP5_MZ7wX4V7iAZo1KosOO8ahh4696SIzkjhPbSQXp7W4QAIc/s320/DSCN0544.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5590618991759186914" border="0" /></a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-5641275290261818262011-04-01T11:11:00.001-03:002011-04-01T11:14:02.520-03:00ninhoQuantos eus tem em Deus?Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-33007265020575577022011-03-11T20:05:00.002-03:002011-03-11T20:18:33.325-03:00não ser a questãoÉ neste momento que decido silenciar um pouco a vida, meditar sobre este, aquele e o longínquo não sei quem nem quando. É no momento em que lembro de espaços esquecidos, empoeirados, salva-vidas de outros tempos.<br />"eu queria ser mais mística" foi o pensamento que me ocorreu ao ler a mensagem da tela: "o que você faria se não pudesse mais acessar aos dados desta conta? deixe aqui seu e-mail, telefone (...)".<br />Justo quando o telemóvel pifou e as mensagens antigas se foram junto com os contatos interrompidos.<br />Eu queria ser mais mística e saber ler sinais.<br />Me sinto descabida de repente neste lugar, antes acolhimento máximo. Não há o ímpeto, nem o fervor, nem o sangue azedo correndo, nem um coraçãozinho descontrolado.<br />Eu queria ser menos mística, mais incandecente, menos virgem, mais escorpião.<br />Não sabia o que queria mas me encontrei vestida, tingida e de cabelos novos.<br />Eles crescem como alerta do tempo, esse relógio fisiológico, máquina de enfeitar e criar mentiras.<br />Eu queria ter sido outra e, às vezes, poder não ser.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-38763632491127611952011-01-12T02:24:00.002-02:002011-01-20T11:17:44.641-02:00<style>@font-face { font-family: "Cambria"; }p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal { margin: 0cm 0cm 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman"; }div.Section1 { page: Section1; }</style> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Helvetica;font-size:85%;" >-Mãe, engoli o mar. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36pt; line-height: 150%;"><span style="line-height: 150%;font-family:Helvetica;font-size:85%;" >Pelos olhos, também entrou por aí, por aqui, onde respiram narinas, sal nos ouvidos, sons, a boca secou, zunindo o sol que bambeia pernas magrelas e escuras, xique-xique de areia, nem flanela, nem água doce, o mar entrou voluptuosamente, afoito e violento engolindo menino engolindo mar.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-29347082661350517302011-01-06T00:39:00.000-02:002011-01-06T00:40:12.052-02:00quero juntar dois mundosUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-8826111321199945472010-11-26T02:41:00.003-02:002010-12-08T12:37:39.668-02:00desfavela tiquatirachoque entre dois ou mais corpos,<br />uma tropa deles:<br />camisas no chão! cadernos nas árvores! mãos aos CEU's!<br />e os cavalos enormes, fortíssimos, robustos, viris<br />desavisados<br /><br />rédia curta:<br />não há galope em tamanha concretude.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-1639542837206111342010-11-17T14:53:00.004-02:002010-12-08T12:48:42.716-02:00bobinho, bobinhocansei das bolinhas que eram adereços a este.<br />indaguei se eram também endereço.<br />conclui que estavam desbotadas.<br />deveria me mudar, jogar os rabiscos no lixo, pintar os cabelos<div><br />detectei superficialidade, efemeridade e falta de radicalismos do mundo virtual<br />seria eu, mais uma parte dele?<br />em cima do muro não tomei decisão drástica, escrevi este a mais, mudei temporariamente o envólucro.<div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">clean.<br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><br />talvez seja o último.<br /><br /><br />bobinho, bobinho.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-44121416357869202812010-10-05T11:19:00.005-03:002010-12-08T12:39:03.622-02:00versão 2Minha avó abriu um sorriso enorme ao ouvir a notícia de que eu prestaria Letras no final do ano. Tinha um fio de alface entre seus dentes.<div>E a memória disparou palavras de sua boca (!) : Canissal, canissal, cão e sal. Foi meu professor. O nome é grego. Agora está em São Paulo; ele que não gostava de mim, era sabida demais.</div><div><br /></div><div>-Vó, vamos escovar os dentes?</div><div>-Tira o oxigênio.</div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div>-Letras? </div><div><br /></div><div>-Vó, porque você tá deitando? A gente não ia escovas os dentes? </div><div>-Tinha uma pedra no meio do caminho.</div><div>-No meio do caminho tinha uma pedra.</div><div>-Que pedra suja!</div><div><br /></div><div><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-55854593823411079192010-10-05T10:49:00.004-03:002010-10-05T11:41:15.281-03:00sobre as pedras (versão 1)<div><br /><div>Mas tinha uma pedra no meio do caminho. "Que pedra suja!" disse minha querida avó semi-lúcida, sobre a pedra do esquecimento em seu fluxo-caminho da sala para o banheiro. No meio do caminho tinha uma pedra; e ela se deitou na cama, ao invés de escovar os dentes.</div></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-18396294030048710642010-09-08T19:07:00.004-03:002010-09-13T15:00:13.156-03:00sobre a morte<div>berro alto: essa música é minha, essa bola é minha, esse é meu, não dou, ponto final .</div><div>há um ponto, isto é fratura <div> . <div><div><div>memória em golfadas, muitos olhos, uma voz sombria, não consigo deixar as vírgulas, o ponto golpeou meu estômago. há um fim. sinto subir o calor paulatinamente da garganta para as amídalas, engulo seco regorgito amargo. </div><div>a fim, se irrompe a primeira contração muscular: fino grunhido berro acalenta. goteira.goteira.goteira.</div><div>(menina não chore menino não bata) .</div><div>homem finda.</div><div><br /></div><div style="text-align: right;">(o ponto tem voz)</div></div></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-71229569677160086642010-07-21T01:55:00.008-03:002010-08-04T18:52:16.810-03:00quem és tu, mariana ? já de longe ouço mares e marias, anas; tens amores?<div><div>viro homem em teu nome para desejo sem culpa. </div><div>de boca, falo, anus. nua: anas não sanam.</div></div><div>ana, não somos,</div><div>em suma, </div><div>não somo,</div><div>não sou MAriana.</div><div><br /></div><div><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-51200040790217105042010-06-05T01:52:00.011-03:002010-06-05T14:38:23.622-03:00carros naufragos<div>Daqui, do quarto andar, não é possível ouvir as gotas da chuva caindo no chão, quem dirá nas folhas das árvores. Da chuva ouço o contato molhado dos pneus dos carros com o asfalto. O encharcado abafa e dá leveza a aquele ruído automobilístico. O aconchego de dormir em som de chuva vira aconchego dos pneus se inundando em meus sonhos. Os carros nadam, ou esquiam em película encardida.</div><div>Pensou Santo Pedro que a chuva de Santo Paulo não seria absorvida por terra? Que chuva viraria aguaceiro a ser levantado por pneus? </div><div>Em noite insone, chove lá fora, aqui faz frio, e nada disso interrompe nem silencia a britadeira da esquina, nem mesmo aquela debaixo da pele.</div><div>Ainda assim,</div><div>carros aqui</div><div>nada(m).</div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-19516212181093423932010-05-29T16:16:00.007-03:002010-09-15T14:17:27.688-03:00sem viver contrariadoEnfim, há o silêncio do interior de textura densa, sol e horizonte a poder ver e perder de vista.<br />Há o dar-se conta do estrondo por debaixo da pele<br />pela falta dos ruídos, pela música dos pássaros,<br />meu estado comprimido; armadura pesada sendo deixada pelo caminho da casa.<br />Em despir-se,<br />corpo em contato com o vento,<br />percebo a fadiga que foi carregar-me até aqui:<br />a cidade grande<br />não cabe em mim<br />nem eu silencio no vazio.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-39079281164234002762010-05-24T00:53:00.003-03:002010-05-24T00:58:47.017-03:00não bastasse as entranhas<div>dei verbo</div><div>olhos</div><div>coluna, ar e fôlego</div><div><br /></div><div>despi-me</div><div>em reverência</div><div>a tantos olhos esbugalhados </div><div>suplicantes de tanto muito tanto</div><div><br /></div><div>de tato fico carente</div><div>em casa fico doente</div><div>na cama, só.</div><div><br /></div><div>em lágrimas escorro.</div><div><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-18839266855690953512010-05-19T00:39:00.002-03:002010-06-05T02:22:15.636-03:00caladapeço <div>discretadescalça<div>simples</div><div>acalento</div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-49602158698902921402010-05-08T01:43:00.006-03:002010-05-08T01:52:19.286-03:00sobre delimitar-securioso:<br />o que plaina é o chão debaixo dos pés,<br />airplane é casa feita de tijolos.<br /><br />eu: <span style="font-style: italic;">bee</span><br /> zummmmm!<br /><br />mel nada:<br />amarga ácida cítrica<br />impossível conter a careta.<br /><br />quem plaina em pleno solo<br />de repente num tropeço bobo<br />se vê olhando o céu<br />tendo o concreto em contato com corpo.<br />curioso:<br />é assim que me contorno.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-23644382004082043902010-05-05T14:34:00.001-03:002010-05-05T14:36:32.244-03:00em busca por espaço para existência.<br />é possível ser e existir?Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-66744305168853079352010-04-26T23:38:00.001-03:002010-04-26T23:38:52.685-03:00Sentir é questão de pele, amor é tudo que move.<br /><br />mèrci, Gilberto G.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-65401304781049891832010-04-12T23:26:00.003-03:002010-04-12T23:38:12.168-03:00aCmeem branco<br />estado pleno<br />caibo eu perfeitamente em meu corpo<br />e subitamente,<br />num ardido grunhido,<br />dele me descolo.<br /><br />é de prazer que falávamos<br />e foi por ele que,<br />(de fôlego preso)<br /><br />águasas<br />caí<br />ram.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-19082551899740883392010-03-31T12:58:00.003-03:002010-03-31T15:10:23.932-03:00o embate bruto com um objeto concreto faz com que eu, de repente, me sinta existente também como um objeto duro.<br /><br />pela dor se faz contornos e concretude além da efemeridade da carne que pensa.<br /><br />Osso tão duro quanto muro, tão quina quanto encontro de dois, tão rígido quanto o que pode, de súbito, esfacelar,<br /><br />resta verbo?Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-35383807572853377142010-03-29T00:43:00.004-03:002010-03-29T00:54:44.249-03:00estrangeira still. brega inin other mood<br />I felt like falling<br />in other language<br />just fighting to find out<br />other words with other sounds<br />to sound me different<br />to say me whispering<br />to calm (me) down<br />on stairs<br />on stars<br />on stage<br />one´s self<br />such thing just happens<br />someone is lost<br />souls are in dust<br />so sing me in a swing all<br /><br />I, bet-bat,<br />better stop me in you.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-46538614518205862112010-03-22T23:29:00.005-03:002010-03-22T23:41:20.963-03:00pontacabeçaEntre um passo e outro<br />um abismo.<br />Na iminência<br />fico eu paralisada,<br />gelo na boca do estômago<br />febre no peito<br />raízes nas costas<br />asas nos pés<br />tudo ao invés<br />ao revéz<br />diz-me:<br />onde?<br />ao norte<br />gente?<br />onde andas!<br />como estar-me<br />eu<br />existir posso<br />só.<br /><br /><br /><br /><br />solo.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4438969619478011451.post-35366865267583048862010-03-15T23:19:00.003-03:002010-03-15T23:24:42.649-03:00foi me dado um presente:<br />enxergar cores vibrantes<br />no dia em que desbotava.<br />foram tantas tantas tantas<br />que estômago embrulhou,<br />fraquejaram as pernas,<br />acelerou o coração.<br />o verde dos olhos de hoje,<br />o amarelo da flor,<br />cinza da cidade,<br />vinho de minhas unhas,<br />como se cada novo objeto<br />fizesse romper corte na pele<br />e restei eu.<br />morta de cansada<br />de ser atravessada.Unknownnoreply@blogger.com0